Assim é Complicado!

Travar conhecimento com alguém que não conhecemos e não ficar com boa impressão no primeiro contacto, é capaz de ser injusto. Mas que podemos fazer? É um risco que todos nós corremos nesta vida. Todos nós sabemos da importância que damos à primeira vez, ao primeiro contacto, ao amor à primeira vista. Quantos de nós foram tocados pelo amor à primeira vista?
Bom, mas este palavreado serviu para quê? Para falar de dois vinhos que, mais uma vez, não trouxeram nada de novo aos meus ficheiros pessoais [como diz o pedro sousa(pt)]. Dois desconhecidos.
Sinceramente não percebo, não entendo. Fico completamente de mãos atadas, de nariz entupido, de boca estragada e muito embaraçado quando tenho que classificar (para mim) vinhos repletos de tiques estranhos, que ultrapassam a fronteira daquilo que eu geralmente gosto.
Tomem nota de dois tintos do Douro provados em prova cega.
Quinta da Roseira Reserva 2003
O seu berço situa-se em Peso da Régua. Do produtor Barrigas de Azevedo (penso não me ter enganado no nome).
Um vinho que parecia ter passeado por um laboratório farmacêutico, tais eram os odores a éter ou algo do género. Como não bastava, deve ter seguido até uma estrebaria, para se sentar aos pés de uns cavalinhos.
Na boca? Fraquinho, débil, com pouco interesse pessoal. Fico-me por aqui. Posso ser mal compreendido por algum visitante que não me conheça bem. Nota Pessoal: 9,5
Negreiros 2004
Produzido na Quinta das Amendoeiras, em Carrazeda de Ansiães.
Um exemplo da provável pressa que houve em colocar cá fora um vinho, não lhe dando o necessário o tempo para ele se equilibrar, se organizar internamente.
Andou sempre com um comportamento estranho, incaracterístico, pouco afinado. Inconstante.
Inicialmente com aromas a borracha queimada. Pensei naquelas pilhas de pneus a arder. Conhecem o cheiro? Depois com o arejamento, despertaram algumas sugestões químicas e vegetais (apesar de tudo, menos mau). Os tais aromas queimados é que regressaram.
Na boca, por incrível que pareça, esteve melhor. Que diabo!? Onde andariam todos aqueles estranhos aromas?
Acabei por colocar este vinho de lado e fui provando outros. Com duas horas de copo, começou a revelar algo mais interessante. Mas não era o suficiente para mudar a minha opinião.
Nota Pessoal: 12

Post Scriptum: Falar de vinhos que pouco nos dizem, que pouco oferecem é como acertar em todos os números do loto. Um desafio árduo. Ainda por cima, não estive particularmente inspirado. Ao escrever este texto, as palavras pareciam-me todas vazias de conteúdo, sem qualquer emoção. Há dias difíceis...

Comentários

Anónimo disse…
Gosto de seguir as tuas classificações, sinceramente. Para além da informaçao, ajuda-me a poupar uns quantos bytes no meu "mega" ficheiro. Saudações fraternas de pingas... Tembém para o copod3.
Pingas no Copo disse…
Pedro ainda bem que "isto" serve para alguma coisa. Qualquer dia, não existe ficheiro que aguente tanta informação, ou melhor tanta pinga!

Um abração
Rui
Desde que o processador seja bem arrefecido e a memória não falhe estamos à vontade... mas anda aí muita gente com Overclocking :)
Administrador disse…
Caríssimo Pingus Vinicus, recebi com prazer seu comentário em meu blog. Adicionarei o "Pingas" às minhas sugestões de links. Quero compartilhar igual impressão da música The Wall, já que também sou filho único e professor.
Do Brasil,
Vinho para Todos.
Pingas no Copo disse…
Caro "Vinho Para Todos" agradecimento aceite e retribuido.

The Wall, que grande album! Que grande filme! Existem inumeras faixas com que me identifico.
Aliás, sou um fan assumido dos Pink Floyd.

Abração
Pedro disse…
Caros Amigos,

No seguimento do meu pedido de esclarecimentos sobre se devia beber agora uma garrafa de "Tapada do Chaves", tinto, reserva de 2000, ou esperar um pouco mais, decidi abrir uma. Só tenho que referir que não só estava no ponto, como me soube bastante bem, sendo um vinho com um gosto saboroso e que não arrepia na boca, nem faz com que a pessoa tenha um arrepio pela espinha acima. Por isso, aconselho vivamente este vinho. Da mesma forma, que também gostei bastante de um vinho "Chaminé".

Saudações,
Pingas no Copo disse…
Caro amigo Pedro, fico contente por lhe ter caido bem o Tapada do Chaves. Sempre tive boas referências desse vinho.

O Chaminé é sempre uma boa opção, dentro da gama de vinhos que se insere.

Um abraço