Casa de Mouraz: Elfa

Será, fatalmente e felizmente, um vinho pouco (ou nada) consensual, será felizmente um vinho de amor e de ódio. E creio que por mais voltas que possamos dar, este vinho não terá uma legião de seguidores, de admiradores. E isso, perdoem-me, só lhe faz e fica bem. Só (lhe) aumenta o carisma e o desejo de ser conhecido.
Fico, a título pessoal, é meio confuso com as lamúrias de quem anda farto de beber ou consumir sempre do mesmo, da mesma maneira, da mesma forma. Fico meio baralhado, porque anda um mundo inteiro a esbracejar, em jeito de protesto, contra a monocórdica paleta de castas que nos oferecem. 





Pois bem, este Elfa que (me) faz lembrar os Elfos, mas que nada tem a ver com essas figuras fantásticas, veio de uma vinha com cerca de 80 anos de idade e onde não existe a tal maldita Touriga Nacional, proporciona (nos) um conjunto de sensações que tantos desejam: diferentes, desalinhadas, anacrónicas e difíceis. Um vinho que precisamos de conhecer e que nos confronta, para ver se queremos efectivamente mudar (mesmo).

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